Novena de Pentecostes 2013 – RCC Goiânia. !

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Ministérios no Grupo de Oração

O termo ” ministério” é amplamente usado na Renovação carismática para designar de uma maneira gral os diversos serviços do Grupo de oração. São estes os mais comuns: ministério de cura, ministério de música, ministério de intercessão, minístério de pregação, entre outros.

Um ministério é um serviço específico dentro do grupo de oração. É um trabalho para servir à comunidade cristã, uma maneira de exercitar o apostolado. Cada batizado é chamado a crescer, amadurecer continuamente, dar cada vez mais fruto na descoberta cada vez maior de sua vocação, para vivê – la no cumprimento da própria missão.

“Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor” ( 1 Cor 12,5). Fazendo esta afirmação, São Paulo coloca todos os ministérios- serviços – em submissão a JESUS CRISTO e dentro de um contexto de comunhão eclesial ( cf. também Ef 4, 11 – 16 )

As equipes ou ministérios devem ser formados na medida da necessidade e da realidade de Cada Grupo de Oração. Seus membros devem ser escolhidos em oração e de acordo com os vários dons que surgem. Para cada necessidade há pessoas ungidas pelo Espírito para um seu atendimento:

Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a fé.
Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, que ensine;
o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade. 
Romanos 12:6-8

A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum.
A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito;
a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito;
a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. 
1 Coríntios 12:7-10

As pessoas que formarão as diversas equipes, para os diversos serviços do Grupo de Oração devem ser recrutadas dentre aquelas que já se identificam com a espiritualidade da RCC e que possuam alguma experiência dos carismas e sejam disponíveis.

Deus chama cada um dos seus fíeis a exercer um serviço especifico dentro da sua igreja, com a finalidade de cada vez mais edificar o Copro de Cristo. cada batizado deve desempenhar a missão que Deus lhe deu e para a qual capacitou com o objetivo de que todos cheguem À unidade da Fé e à plenitude do conhecimento de cristo e assim sejam novas criaturas. Quando a missão é desempenhada, vivida com grande amor, a caridade é evidenciada ( cf. 1 cor 13, 4 – 8 .).

Para que o mundo seja salvo

Nestes nossos tempos, em que as dores e angústias ainda oprimem tão duramente os homens, a família humana chegou a uma hora decisiva no seu processo de amadurecimento. Progressivamente unificada, e por toda a parte mais consciente da própria unidade, não pode levar a cabo a tarefa que lhe incumbe de construir um mundo mais humano para todos, a não ser que todos se orientem com espírito renovado à verdadeira paz. A mensagem evangélica, tão em harmonia com os mais altos desejos e aspirações do gênero humano, brilha assim com novo esplendor nos tempos de hoje (cf. Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, do Concílio Vaticano II, n. 77), ao proclamar felizes os construtores da paz “porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).

Continuamos a olhar para o alto, onde o “Filho do homem” está levantado, com o olhar da fé. Recebemos o anúncio de uma vida nova e corremos ao encontro de Jesus. É bom ouvir de novo que Deus enviou seu Filho para que todos tenham a vida eterna. É altamente consolador saber que Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele (Jo 3,14-21).

O clamor pela salvação é real e urgente, tanto que as pessoas se agarram a botes “salva-vidas” dependurados nos barcos de suas aventuras diárias. Para muitos, é o emprego aguardado com ânsia e depois perdido inesperadamente. Um número significativo de homens e mulheres, jovens ou adultos, mergulha nos vícios das drogas, bebidas e a busca desenfreada do prazer ou quem sabe o desrespeito sistemático e irresponsável pelos valores que dignificam a pessoa humana, como a religião e a verdade. Outros apostaram nas muitas loterias da vida, decepcionando-se depois com o dinheiro ganho a pouco custo, sem suor, sangue ou lágrimas. O apego quase idolátrico a uma pessoa, com as decepções consequentes do término de um relacionamento, leva não poucas vezes ao desespero. Fechar-se em si mesmo, no louco desejo de ser a pessoa independente ou, quem sabe, a proclamação em alto e bom tom que a ciência responde a tudo e não precisa de Deus, seguida de uma crise pessoal profunda e prolongada, tudo isso é retrato do grito profundo, que brota de dentro da alma, dos homens e mulheres de todos os tempos, e hoje somos nós, pela salvação.

Deus não substitui nossos esforços humanos, nem oferece respostas simplistas para nossos questionamentos, já que nos deu inteligência. Ele não mantém ao alcance das mãos um controle remoto para fazer-nos tropeçar ou erguer-nos de nossas quedas. Ele nos criou à sua imagem e semelhança, expressas na inteligência, na liberdade e na capacidade de amar. Somos muito parecidos com Ele, exceto no pecado. Mas justamente pela diferença fundamental, pois nos fez para o bem, não para a perdição, não para o ódio, mas para a comunhão plena com Ele e com os outros, oferece-nos continuamente a estrada da vida em plenitude. Foi essa a descoberta do apóstolo São Paulo, expressa de forma magnífica na Carta aos Efésios: “É pela graça que fostes salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós: é dom de Deus! Não vem das obras, de modo que ninguém pode gloriar-se. Pois foi Deus que nos fez, criando-nos no Cristo Jesus, em vista das boas obras que preparou de antemão, para que nós as pratiquemos (Ef 2, 8-10).

O mesmo apóstolo explicou o mistério de “portas abertas”: “Só ultimamente ele foi revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas. Eis o mistério: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo e beneficiários da mesma promessa, no Cristo Jesus, por meio do evangelho. Desse evangelho eu fui feito ministro, pelo dom da graça que Deus me concedeu segundo a força de seu poder. A mim, o menor de todos os santos, foi dada esta graça: anunciar aos pagãos a riqueza insondável de Cristo e mostrar claramente a todos como se realiza o seu plano escondido, desde toda a eternidade em Deus, que tudo criou (Ef 3, 5-8)”.

A Igreja, barca confiada a Pedro, viajando pelos mares da história, quer oferecer a todos os homens e mulheres o mesmo anúncio, dado de graça e na graça, pela misericórdia de Deus. Nenhum pecado ou miséria humana sejam considerados barreiras intransponíveis. Antes, chegue a todos, pelo testemunho de acolhimento dos cristãos, pelo abraço da Divina Misericórdia oferecido neste tempo de graça, através do Sacramento da Penitência ou pela disposição ao diálogo aberto e construtivo, com que desejamos estar presentes no mundo, o anúncio da porta aberta da salvação.

E como é pela graça que somos salvos, rezemos com a Igreja: “Ó Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festa que se aproximam, cheio de fervor e exultando de fé”.

 

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL